A condenação de Daniel Alves a quatro anos e seis meses de prisão por estupro causou reações contrárias entre os advogados das partes envolvidas no caso. Enquanto os advogados da vítima celebraram o resultado do julgamento, que foi divulgado nesta quinta-feira, a defesa do jogador brasileiro avisou que irá recorrer.
Antes do início do julgamento, os advogados da vítima solicitaram a punição máxima para o caso, que é de 12 anos de prisão. O Ministério Público pediu nove anos de prisão. A defesa do jogador desejava a absolvição do seu cliente.
“Estamos satisfeitos porque este veredicto reconhece o que sempre soubemos, que a vítima disse a verdade e que sofreu”, disse David Sáez, um dos advogados da vítima. “Estamos satisfeitos por ela e por toda.”
“Vamos recorrer. Sigo acreditando na inocência do senhor Alves”, disse a advogada do atleta brasileiro, Inés Guardiola. Questionada sobre a reação de Daniel Alves ao receber a notícia da condenação, ela afirmou que seu cliente está bem. “Ele está inteiro. Agora temos que estudar a sentença com tranquilidade.”
A advogada de Daniel Alves não deu maiores informações sobre os próximos passos da defesa. No entanto, é necessário recorrer ao Tribunal Superior da Justiça da Catalunha, que é superior ao Tribunal de Barcelona, que condenou o brasileiro nesta quinta-feira.
O jogador, no entanto, seria capaz de deixar a prisão temporária a partir de maio deste ano, segundo a imprensa espanhola. Os veículos de comunicação do país informam que a legislação espanhola concede algumas vantagens aos condenados que ultrapassam um terço da pena imposta pela Justiça.
Se isso ocorrer, Daniel Alves poderia deixar o presídio por alguns períodos do dia, tendo que permanecer na prisão apenas oito horas por dia. Posteriormente, a Justiça definiria os detalhes sobre o benefício.