Após duas semanas na Europa acompanhando partidas e treinos, bem como conversando com jogadores e treinadores de clubes do continente europeu, Dorival Junior irá revelar sua primeira relação de convocados para os amistosos do Brasil em março.
Os jogos serão contra a Inglaterra, em Londres, no dia 23, e contra a Espanha em Madri, no dia 26. Ele tem como base a convocação de cerca de 50 a 55 jogadores.
“Na CBF, o trabalho é muito mais de observações, organização, um direcionamento. Temos uma relação com 50, 55 nomes de possíveis convocados, todos esses jogadores estão sendo observados, tanto nos campeonatos em andamento no Brasil como em jogos importantes fora do país”, disse Dorival ao site da CBF. Desses 55, ele já separou 35 como pré-lista.
Ele ressaltou a diferença de ritmo entre os jogadores que atuam no futebol brasileiro, que estão no início da temporada, e aqueles que jogam em clubes europeus, que se encontram em estágio físico e técnico mais avançado devido ao desfecho das competições. Isso sugere que a primeira lista terá apenas alguns jogadores “locais”.
“Quero deixar clara uma situação: são muitos nomes pré-selecionáveis, é natural que alguns estarão e outros não neste primeiro momento, mas isso não quer dizer que talvez ali na frente não venham a ter uma oportunidade. Posso adiantar que os jogadores em atividade no Brasil estão praticamente iniciando a temporada, os de lá fora já estão em outro momento, em outras condições”, disse Dorival.
“Geralmente não vai satisfazer a todos os torcedores, todos estão na expectativa de uma primeira convocação. Estou levando em conta muitas coisas, estamos com campeonatos em andamento, estamos num início de temporada daqui, mas nem por isso estamos nos virando para os jogadores no Brasil. Peço um pouco paciência, que se não estiverem nessa primeira, não quer dizer que já estejamos definindo uma convocação para a própria Copa América ou para amistosos subsequentes”, completou.
Em janeiro, foi anunciado que Dorival, que deixou o São Paulo clube que ele assumiu em 2023, tomaria o lugar de Fernando Diniz no Fluminense. Ele pretende manter a base que seu amigo estabeleceu nos seis jogos em que comandou a Seleção de setembro a novembro passados, apesar do desempenho fraco do Brasil nas Eliminatórias para a Copa-2026, onde ocupa apenas o sexto lugar, com sete pontos.
“Eu acredito numa manutenção de um trabalho, numa fase seguinte a tudo aquilo que vinha sendo desenvolvido na CBF. Não posso cortar bruscamente, eu não posso modificar bruscamente, tenho que tentar fazer o que sempre fiz nos clubes … aproveitar ao máximo possível os trabalhos deixados pelos últimos profissionais que aqui estiveram; isso nos deixa adiantados com relação a uma formação. Quando você chega onde tudo preciso passar por um recomeço, é muito complicado e não é isso que quero fazer”, concluiu.
Em junho, o Brasil terá um amistoso contra o México no dia 8, nos Estados Unidos, e a CBF está em busca de outro adversário para mais um jogo preparatório para a Copa América, que acontecerá de 20 de junho a 14 de julho, também nos EUA. A Seleção está no Grupo D ao lado da Colômbia, Paraguai e do vencedor do confronto entre Costa Rica e Honduras, que se enfrentarão no dia 23 de março em uma repescagem da Concacaf, confederação convidada para o torneio.