Nesta terça-feira, Pep Guardiola compareceu a uma coletiva de imprensa, um dia antes do confronto contra o Tottenham pela Copa da Liga Inglesa. Ele foi amplamente questionado sobre o assunto em alta: a Bola de Ouro. O técnico não se esquivou das perguntas, abordando a ausência do Real Madrid na cerimônia, a conquista de Rodri como o melhor jogador e a comparação com edições anteriores.
“É uma votação, tem que aceitar o resultado. É simples. Às vezes você gosta, às vezes não, mas não importa. Amanhã é outro jogo, outra temporada, tente de novo”, disse Guardiola.
Guardiola compartilhou suas impressões sobre a escolha do Real Madrid de não participar do evento em Paris. O clube cancelou a viagem na manhã de segunda-feira. Florentino Pérez tinha organizado um voo para 50 pessoas com destino a Paris, mas desistiu ao ser informado de que Vini Jr. não receberia o prestigioso prêmio. Assim, nenhum membro da equipe esteve presente no Théâtre du Châtelet.
O treinador também sublinhou que Vini Jr. tinha chances reais de ganhar, assim como Erling Haaland também merecia ser reconhecido em 2023.
“Nada a dizer. Se não querem ir (o Real Madrid), não vão… se não querem parabenizar, não parabenizam. Tudo bem. O Manchester City não está aqui para julgar o que os outros clubes decidem, o que devem fazer e onde”, falou o técnico.
Na ocasião, Lionel Messi saiu como vencedor, enquanto o norueguês conquistou o segundo lugar. Destaques desta edição, Rodri ficou em quinto e Vinicius ocupou a sexta posição.
Pep Guardiola lembrou aos jogadores do City que apenas o fato de estarem entre os finalistas da premiação já é uma grande honra, ressaltando que o mais importante não é necessariamente vencer. O treinador do Manchester enfatizou que a escolha da Bola de Ouro envolve a opinião de especialistas de diversas partes do mundo, valorizando a diversidade no processo.
“Para nós, na temporada passada, Haaland conquistou a tripla… marcou mais de 50 gols, e eu disse a ele: ‘Só por estar na Bola de Ouro você tem que estar muito, muito feliz.’ E eu disse a mesma coisa a Rodri o tempo todo: ‘Se você está entre os dois, três ou quatro primeiros, é excepcional. Isso significa que você teve um ano incrível e deve estar muito, muito satisfeito”.
“Vinicius deveria ter vencido? Talvez, mas não foi o que aconteceu. São os jornalistas, e não um grupo de pessoas da elite que decidem o que fazer. É algo que acontece no mundo todo, não é um voto de um só país. Existem opiniões diferentes. Por isso o futebol é lindo… Se o Vini Jr. tivesse vencido teria sido mais que merecido, como na temporada passada com o Haaland e ele não ganhou. E ele estava lá, ficou feliz e deu os parabéns ao Leo (Messi)… Tem que aceitar o resultado. É simples. Às vezes você gosta, às vezes não, mas não importa. Amanhã é outro jogo, outra temporada, tente de novo”, afirmou o técnico.
Guardiola também fez menção à dominância de Cristiano Ronaldo e Messi em edições anteriores da Bola de Ouro. Por uma década, somente os dois atletas levaram para casa o prêmio de melhor jogador, mas o técnico do City destacou a superioridade do ex-jogador do Barcelona em relação ao rival.
‘Cristiano era um monstro… e Messi era o pai desse monstro. Ambos fizeram algo incrível nos últimos 15 ou 20 anos. E talvez, naqueles momentos, Xavi e Iniesta também merecessem a Bola de Ouro… Acho que o Rodri ontem ganhou o que o futebol espanhol merece mundialmente”, garantiu.
O argentino, que usa a camisa 10, acumula oito conquistas do prêmio, enquanto CR7 possui cinco. Iniesta e Xavi, que estiveram sob a orientação de Guardiola durante a passagem dele pelo Barcelona, nunca conseguiram ganhar o prêmio de melhor jogador.
“É uma notícia incrível para o Rodri e, claro, para todos nós, para todo o Manchester City e para todos os nossos torcedores. Nós nunca poderíamos imaginar anos atrás que um jogador receberia esse prêmio de prestígio, estamos muito felizes em fazer parte disso, em compartilhar isso com ele. Espero que isso possa dar a ele essa energia para se recuperar bem para a próxima temporada e estar conosco novamente,” conclui Pep Guardiola.
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