Kaká revela que recebeu convite da CBF e manifesta sua contemplação em se tornar dono de equipe. Recusando uma oferta para trabalhar como treinador na entidade brasileira, um ex-jogador manifesta o desejo de seguir os caminhos de Ronaldo e Beckham, lembrando que ainda não encontrou uma oportunidade adequada.
Depois de se aposentar da carreira de jogador profissional no final de 2017, Kaká manifestou a intenção de voltar a mergulhar no mundo do futebol. Ele pretende assumir uma função dentro de um clube de futebol, seja como técnico ou até mesmo como proprietário de um time. A revelação veio diretamente da venerada figura de Milão e São Paulo, conforme compartilhou em entrevista ao site Quinto Quarto.
Confira o que ele disse:
“Assim você acaba participando um pouco mais diretamente das decisões estratégicas, decisões de negócios, participar do todo. Gosto muito dessa ideia de uma gestão geral. É algo que eu gostaria, mas ainda não encontrei uma oportunidade nesse sentido. Não apareceu um projeto para que eu participe como sócio que eu tenha visto a chance de um trabalho a longo prazo”.
Desde que se aposentou, o ex-meio-campista de 41 anos buscou formação em gestão esportiva e treinamento de treinador. Embora seu desejo seja assumir uma função de liderança em um clube, Kaká enfatiza a importância de tomar uma decisão cautelosa e bem informada neste assunto.
“Nesse meu período de estudos, eu vi o tanto que há de riscos, principalmente financeiro, dentro dessas questões. Por isso vou sempre com muita cautela. Sei da dificuldade que foi para eu conseguir minha saúde financeira e não vou entrar de uma forma equivocada”, disse.
Kaká revelou recentemente que lhe foi oferecida a oportunidade de se tornar diretor da CBF e contribuir com a Seleção Brasileira. No entanto, ele tomou a decisão consciente de recusar a oferta por enquanto. Especulou-se que ele poderia assumir uma função gerencial caso o técnico Carlo Ancelotti assumisse a liderança da Seleção Brasileira.
“Acabei não aceitando por questões pessoais, familiares. Fiquei muito grato, mas não era o momento. E ainda não é. Quero aproveitar um pouco mais esse tempo familiar. Eu sei o quanto demanda o futebol para se fazer um trabalho bem-feito. E, no momento, foi essa escolha que eu fiz”.
Desde que encerrou sua carreira profissional, Kaká tem recebido propostas para atuar no São Paulo, Milan e Orlando City. O vencedor da Bola de Ouro em 2007 optou por não agir com pressa e acredita que encontrará a oportunidade perfeita para retornar ao cotidiano de um clube no futebol.
“Não coloco prazo. Até para não me pressionar. Quero deixar as coisas acontecerem. Estou me aprimorando, conversando com muita gente, entendendo como a indústria funciona. E também não tenho prioridade de onde começar”. E completou:
“Provavelmente será em algum dos lugares onde eu joguei, mas não tenho a preferência por Brasil, Itália ou Estados Unidos”.
Relembre a carreira do jogador
Ricardo Izecson dos Santos Leite, mais famoso como Kaká, foi um jogador fundamental na história do futebol brasileiro, com passagens significativas por clubes europeus. Nasceu em 22 de abril de 1982 e começou sua carreira no São Paulo em 2001. Sua trajetória no Morumbi foi cheia de sucesso e identificação, registrando 131 jogos e 48 gols marcados. Originário de Gama, no Distrito Federal, o talentoso meio-campista se destacou no Tricolor, despertando interesse de grandes equipes europeias.
Apesar da proposta do Chelsea, Kaká optou por se transferir para o Milan, clube recém-consagrado campeão europeu. Na equipe italiana, ele se encontrou com diversos compatriotas, como Dida, Cafu e Roque Júnior. A transferência ocorreu em 2003.
Assim que chegou, o Milan logo se sagrou campeão italiano. A chegada do ex-jogador pegou todos de surpresa, já que, inicialmente, Kaká foi contratado para ser reserva. No entanto, seu desempenho excepcional fez com que ele se tornasse titular pouco tempo depois. Ele ficou no clube até 2009, conquistando inúmeros títulos. Na temporada 2006-2007, venceu a Champions League e, em 2007, o Mundial de Clubes.
Nesse mesmo ano, Kaká foi eleito o melhor jogador do mundo pela FIFA. Em 2009, Kaká decidiu se transferir para o Real Madrid após a eleição de Florentino Pérez. A chegada do jogador atraiu grande atenção dos torcedores, especialmente porque, dois dias depois, os merengues anunciaram a contratação de Cristiano Ronaldo. Infelizmente, a passagem de Kaká pelo Real não foi tão positiva como todos esperavam, visto que as lesões atrapalharam sua trajetória no clube. Ao todo, ele disputou 120 partidas e marcou 29 gols pelo time espanhol.
Já em 2013, o brasileiro anunciou seu retorno ao Milan. A estadia durou uma temporada e, no ano seguinte, Kaká decidiu se aventurar no Orlando City, dos Estados Unidos. O clube norte-americano contratou o jogador por três temporadas e essa chegada foi de grande importância para o desenvolvimento do futebol no país. Lá, ele participou de 78 partidas e marcou 25 gols.
Como a temporada americana só começava em 2015, Kaká foi emprestado ao São Paulo, time que o revelou, até o final de 2014. Em 2017, o brasileiro optou por encerrar sua carreira como jogador profissional. Um dos objetivos do ex-jogador era seguir uma carreira como dirigente esportivo. Para isso, ele realizou diversos cursos para se especializar nessa área. A carreira de Kaká na Seleção Brasileira também foi repleta de momentos gloriosos.
O mais importante foi a Copa do Mundo de 2002, onde o meia jogou apenas 25 minutos em toda a competição. Além disso, ele conquistou a Copa das Confederações duas vezes: em 2005 e 2009.