Rafael Traci entrou com uma ação contra o proprietário da SAF do Botafogo, pedindo uma indenização de R$100 mil. Isso se deve ao fato de que o dirigente acusou o VAR desses times, no Campeonato Brasileiro de 2023, de manipulação, enquanto Traci era o responsável pelas decisões do vídeo durante a partida.
A ação foi protocolada em 25 de julho na 4ª Vara Cível de Curitiba, no Paraná. A defesa de Traci afirma que as acusações feitas por Textor impactaram sua honra, assim como a reputação da classe arbitral do futebol brasileiro.
“Na data de 05 de junho de 2024, o réu o qual é o sócio proprietário da SAF – Sociedade Anônima de Futebol do time profissional Botafogo de Futebol de Regatas, publicou em suas redes sociais (Instagram) dois vídeo no qual acusa o autor que atuava junto ao VAR do jogo entre o Botafogo e Palmeira pelo Campeonato Brasileiro de 2023, que este teria induzido o arbitro principal à expulsão do jogador Adryelson, situação que teria colaborado para a derrota do Botafogo pelo placar de 4 x 3.”
No processo, é ressaltado que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) considerou as denúncias de Textor como infundadas e as classificou como práticas desportivas indevidas que afetaram a reputação de sete entidades esportivas, nove atletas e nove árbitros.
Além disso, a defesa solicitou em caráter de urgência que Textor remova imediatamente as publicações difamatórias contra Traci nas redes sociais sob pena de multa, além de se abster de mencionar o nome do árbitro em futuras declarações.
Rafael Traci, aos 42 anos, é um árbitro da categoria master pertencente ao quadro da CBF. No ano de 2024, ele apitou partidas das Séries C e D e, na elite, tem atuado como responsável pelo VAR.
O norte-americano escreveu uma análise sobre a utilização do VAR na expulsão de Adryelson durante o jogo entre Botafogo 3 x 4 Palmeiras, válido pelo Brasileirão 2023.
Em um vídeo compartilhado no Instagram, Rafael Traci questiona o árbitro de vídeo daquela partida pela forma como interferiu e pelas imagens que foram mostradas ao árbitro Bráulio da Silva Machado para justificar a expulsão do jogador de número 34. Naquele momento, o Botafogo estava vencendo por 3 a 1. Com um jogador a menos, não conseguiu resistir à pressão e viu o time paulista realizar uma virada histórica.
A análise divulgada por Textor indica que Traci não apresentou as imagens mais adequadas do lance para Bráulio. Na opinião do proprietário da SAF Botafogo, Adryelson não deveria ter sido expulso pois Breno Lopes, atacante do Palmeiras que sofreu a falta, não estava indo em direção ao gol.
O conteúdo do vídeo:
“Traci instrui o operador de replay a parar o vídeo em uma “imagem congelada”… para dar a FALSA impressão de que a bola está perfeitamente dominada no pé do jogador do Palmeiras. TRACI manipula o replay do vídeo para que MACHADO veja uma imagem da perfeita posse e controle de bola que, na verdade, NUNCA existiu.
MACHADO confirma sua chegada ao monitor do VAR para ver uma imagem parada que está enganosamente pausada para mostrar posse e controle de bola… mas as condições exigidas pelo DOGSO de posse e controle de bola NUNCA foram configuradas.
Nenhuma das quatro condições de um DOGSO foram atendidas, e o DOGSO exige que TODAS as condições sejam atendidas. Como resultado da manipulação da visualização do vídeo por TRACI para estabelecer de forma enganosa duas condições de DOGSO que NÃO foram cumpridas (posse e controle de bola), MACHADO decidiu confirmar um DOGSO e expulsar o nº 34 Adryelson
Então, além da aparente manipulação de uma “imagem congelada” para mostrar uma posse de bola que não existia, o que o Oficial do VAR TRACI escolheu NÃO mostrar ao árbitro da partida?
Havia um ângulo de câmera melhor para mostrar?
…porque este é o ângulo da câmera que o árbitro de VAR TRACI não permitiu que o árbitro de campo visse.
Isso prova (1) que havia possibilidade de chance domínio da bola por parte do Adryelson, (2), que Adryelson realmente tocou na bola primeira, (3) que não houve posse ou controle da bola pelo jogador do Palmeiras, e (4) que o engano da “imagem congelada” mostrando posse de bola não passou de um breve desvio.
O Tribunal de Justiça Desportiva decidiu duas vezes que a decisão do VAR de expulsar o jogador foi um erro, um erro que levou o Palmeiras a superar uma desvantagem de 1 a 3, e vencer o jogo decisivo do campeonato… e transformar uma provável desvantagem de 9 pontos na tabela do Campeonato Brasileiro em uma desvantagem de 3 pontos.
Resta uma pergunta ao Sr. Traci: Por que a apresentação do vídeo foi manipulada para dar a falsa impressão de posse e controle; e porque a o melhor ângulo não foi compartilhado com o árbitro de campo?
A manipulação da apresentação do vídeo pelo árbitro do VAR Traci claramente destruiu o campeonato de 2023, mas não houve qualquer pedido para que ele esclarecesse as suas ações.”
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