A chegada de Fernando Seabra como novo técnico do Cruzeiro tem potencial para abrir oportunidades adicionais para jogadores que se desenvolveram nas categorias de base do clube. Na sua recente declaração, o treinador expressou a sua convicção de que existe uma possibilidade real para os talentos receberem mais tempo de jogo sob a sua orientação.
“O olhar tem que ser muito atento e especial. Precisamos formar bons jogadores que consigam se comportar e ter as competências necessárias desenvolvidas, não só para jogar no profissional do Cruzeiro, mas para dar sequência nesse projeto de futebol que a gente pretende construir. É muito importante saber que eles vão ser olhados, as portas estão abertas, mas o espaço precisa ser conquistado. Não basta convencer o treinador, tem que ter legitimada a oportunidade dele pelos companheiros”, destacou.
Seabra, ex-técnico da categoria sub-20, teve papel fundamental na formação de seis atletas que foram descobertos pelo Cruzeiro e hoje integram o elenco principal. Esses atletas incluem o zagueiro Pedrão, o lateral-esquerdo Kaiki, os meio-campistas Japa e Vitinho, além dos atacantes João Pedro e Robert.
Durante a coletiva de imprensa, o treinador defendeu a inclusão dos jogadores da base no time titular. Por outro lado, Seabra acredita que surgirão oportunidades para os jovens jogadores de mostrar as suas capacidades e contribuir durante os treinos.
“Os jogadores precisam enxergar que o garoto, apesar da idade, vai ajudar. Ele conquista o espaço dele a partir desse momento. Não adianta fazer um plano de dar oportunidade sem mérito. O que a gente tem que fazer é construir o espaço, para que eles (jovens) se desenvolvam e consigam atingir o nível necessário na equipe principal. Eles vão entrar a partir do momento que estiverem resolvendo o problema. Ou a partir do momento que estiverem mostrando condições e competências e nível futebolístico para resolver o problema”, complementou.
“Se no final do ano passado o Japa teve oportunidade de jogar, não é só porque a gente queria colocar o Japa na vitrine, é porque o Japa sabia fazer o que a gente queria. Eles têm que conquistar o espaço e isso no profissional faz parte da formação. A formação do atleta da base não termina na base. Ela tem um impulso muito grande quando ele vai para o profissional, onde ele vai ter a oportunidade de aprender com os pares. É a primeira vez que vai conviver com jogadores de vida, de jogo, muito mais eclética, profunda, variável e plurianual”, ressaltou.
“Dentro da categoria de base, sempre está limitada a faixa etária. A passagem no profissional é importante, mas não é porque está treinando que está pronto para ter espaço. Ele ainda está tendo estímulos importantes. Quanto mais a gente criar cenários para que esses jogadores possam aprender um com os outros, o aprendizado pode vir de todos os lados. Temos que saber otimizar e também cultivar nos jogadores do profissional, estimular os mais velhos a sentir realização em também dividir, compartilhar e orientar. Aí a gente passa a ter um ambiente saudável de formação de jogadores”, concluiu.
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